sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pré-temporada


Medicina preventiva na pré-temporada

A medicina esportiva na pré-temporada:

Metodologia de trabalho e desenvolvimento do programa médico
O período da pré-temporada e aquele que antecede imediatamente, exigem dos profissionais envolvidos com a área de Saúde, um tempo maior de dedicação ao clube, em virtude do planejamento e execução de tarefas específicas de início de trabalho.

Metodologia de trabalho

Fase 1
• Identificação do atleta;
• Avaliação médica.

Fase 2
• Seleção de equipamentos de primeiros socorros e reabilitação;
• Seleção e aquisição de medicamentos;
• Estudo do suporte de atendimento de emergência;
• Pré-temporada.

Fase 3
• Orientação quanto aos aspectos nutricionais e de higiene;
• Palestras: doping, doenças sexualmente transmissíveis (DST);
• Suporte no tratamento e prevenção de lesões.

Desenvolvimento do programa de medicina esportiva

Fase 1 - Identificação do atleta
A identificação do atleta, nesta fase, se faz necessária pela heterogeneidade do grupo. É preciso estudar a faixa etária, diferenças geoculturais, experiência profissional etc.

Fundamentalmente, logo após a apresentação dos atletas, se inicia o processo de avaliação médica, cujos métodos utilizados são os seguintes:

• Anamnese completa;
• Exame clínico rigoroso;
• Exames laboratoriais (análises clínicas);
• Exames complementares de imaginologia;
• Exames de função cardiovascular.

Fase 2 - Fatores a serem considerados
Para o período de aproximadamente duas semanas, destinados à pré-temporada em que o grupo fica afastado do clube (serra, litoral, interior), seleciona-se o equipamento necessário para os primeiros socorros, os medicamentos mais utilizados e todos os aparelhos de fisioterapia que possam ser transportados.

Devem-se prever as enfermidades mais prevalentes da região e época da pré-temporada, bem como se certificar se todos os integrantes encontram-se atualizados com as vacinas (gripe, tétano, febre amarela etc.) e também se todos possuem cobertura por planos de saúde privados ou oferecidos pela própria instituição.

Fase 3 - A pré-temporada
Cabe ao médico, junto com a direção, identificar e manter contato com um sistema suporte de atendimento de urgência próximo ao local de treinamento e hospedagem para aqueles casos em que maiores cuidados e atenção devam ser dispensados.

O espaço físico ocupado provisoriamente pelo setor médico na pré-temporada, deverá ser de fácil acesso e do conhecimento de todos da delegação (ponto de referência), com uma área capaz de comportar massagista, fisioterapeuta e médico, com seus respectivos equipamentos de trabalho.

Muitos atletas ainda jovens e inexperientes desconhecem a atuação de um departamento médico e muitas vezes até evitam a proximidade com os profissionais da saúde. É justamente neste período que o vínculo de confiança pode ser estabelecido mais facilmente.

Orientações relativas ao aspecto nutricional, cuidados de higiene e prevenção de determinadas doenças (DST) são mais bem absorvidas pelos atletas em pequenas palestras com recursos audiovisuais, ou mesmo de maneira informal, individualmente.

As questões de dopagem no esporte e suas implicações e conseqüências, geradas muitas vezes por desconhecimento de regras, e a automedicação, são tópicos que devem ser enfatizados nessas ocasiões.

O cardápio e orientação nutricional, em alguns casos individualizados, são elaborados pela nutricionista, tendo em vista a programação de atividades estabelecida pela comissão técnica.

O médico (na ausência de um nutricionista), que acompanha a delegação assume, neste período, a função de controlar a qualidade das refeições e do cumprimento das recomendações determinadas, mantendo um contato diário com o responsável pela cozinha.

As suplementações energéticas, indispensáveis nesta fase, é também discutida e planejada conjuntamente entre nutricionista, fisiologista e pelos responsáveis pela preparação física, sendo ministrada antes ou após as sessões de treinamento, conforme critérios previamente determinados, sob a supervisão do médico da equipe (dosagem e paraefeitos).

Lesões mais freqüentes na pré-temporada

O rigor de início de um trabalho -a grande maioria dos atletas está retornando de período de férias ou inatividade- implica em uma solicitação do sistema músculo-esquelético que pode gerar lesões por sobrecarga.

As patologias mais comumente verificadas são as tenossinovites, as entesites, as dores na coluna vertebral (lombalgias) e as temíveis dores pubianas.

Embora de gravidade menor, as lesões nos pés, como as bolhas e calos, são freqüentemente observadas e podem prejudicar o desempenho em treinos coletivos e sessões de trabalho físico.

A pré-temporada permite aos médicos e fisioterapeutas observarem os atletas que necessitarão, durante o ano, de cuidados preventivos, para suportarem o calendário de competições, na maioria das vezes, intenso e irregular a que são submetidos.

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